Projeto de Educação Ambiental em Gestão de Resíduos Sólidos “Cuidando bem do nosso lixo”, do Instituto Ilhabela Sustentável é aprovado pelo CEDS – Centro de Experimentação em Desenvolvimento Sustentável e será implantado em Ilhabela em 2012.
A disposição ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos é um grande desafio para o Brasil e de acordo com a Política Nacional de Saneamento Básico as prefeituras deverão apresentar seus Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos sólidos até Agosto/2012. Ilhabela tem em sua Lei Municipal do Plano Diretor restrições quanto à destinação final dos resíduos sólidos em seu território, o município gasta anualmente em torno de R$ 2 milhões com o transbordo, recursos providos da taxa de preservação ambiental, e mais R$ 2 milhões com todo o sistema de lixo.
Anualmente são geradas de 8 a 10 mil toneladas de resíduos sólidos domésticos, das quais se estima que 50% sejam de lixo orgânico. Devido à sua densa vegetação, o município gera ainda mais 9 mil toneladas de poda (lixo verde) e mais 2,5 mil toneladas de resíduos provenientes da construção civil.
Apenas 500 toneladas (5%) são aproveitadas para reciclagem pela Associação do Centro de Triagem de Resíduos de Ilhabela, principalmente devido à falta de instrução da população para separar os resíduos de forma correta. O restante é enviado ao transbordo para o Aterro Sanitário de Tremembé.
Tendo em vista esta realidade, o Instituto Ilhabela Sustentável considera de extrema importância que se concentrem esforços para promover uma educação ambiental e cidadã consistente, com o objetivo de contribuir para a redução do volume gerado, reduzir os gastos com transbordo, além de adequações e melhorias no tratamento e disposição dos resíduos.
Para tanto, o projeto “Cuidando bem do nosso lixo”, busca despertar a percepção ambiental da população de Ilhabela, sensibilizando, estimulando e capacitando-a, direta ou indiretamente, sobre ações e práticas de gestão dos resíduos sólidos urbanos em quatro eixos: resíduos da construção civil, resíduos domésticos, grandes geradores e podas, para que as mesmas sejam gradativamente assimiladas e incorporadas na vida pessoal, comunitária e comercial dos seus moradores, frequentadores e empresários, contribuindo para a conscientização da população na separação dos resíduos, redução do volume gerado, diminuição dos gastos com transbordo, além da adequação e melhorias no tratamento e disposição, como a ampliação da coleta seletiva, aumentando o volume reciclado sobre o volume gerado.