Os pratos que vão fazer parte do cardápio comercializado pelo Turismo de Base Comunitária foram preparados pelas cozinheiras da Comunidade de Castelhanos e testados durante mais uma oficina do Projeto Comer e Morar, que tem entre seus objetivos o resgate e o fortalecimento da culinária e da cultura caiçara.
A culinária caiçara é um dos eixos do projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” e desde o início das atividades já foi tema de diversas rodas de conversa e oficinas, com a proposta de realizar o levantamento e promover o resgate de receitas antigas, pratos tradicionais, ingredientes típicos e produtos extraídos da floresta pelos caiçaras da região.
A partir das receitas e ingredientes levantados durante o processo de resgate realizado nas etapas anteriores, a equipe do projeto coordenou junto aos comunitários da Praia de Castelhanos a seleção dos pratos que deverão fazer parte do cardápio comercializado pelo Turismo de Base Comunitária (TBC).
A reunião contou com a participação das mulheres da Comunidade da Lagoa que, com base no material sistematizado pela equipe executora, discorreu sobre as receitas que deveriam ser mantidas no cardápio, levando em consideração a disponibilidade de ingredientes ao longo do ano e o conhecimento de preparo. Optaram por pratos com base de frutos do mar e outros relacionados com a infância, que remetem aos antepassados e bons momentos. Desta forma, o cardápio foi composto por porções, refeições, doces e itens para o café da manhã.
Definidas as receitas, durante dois dias foi realizada uma oficina para testar os pratos, com a participação das mulheres envolvidas no Projeto e dos integrantes do Turismo de Base Comunitária (TBC).
Em seguida, as comunitárias escolheram as receitas que pretendem incluir no Livro de Receitas Caiçaras que será produzido pelo projeto, um importante instrumento de difusão e registro da culinária tradicional caiçara.
No final de maio, uma nova oficina conduziu a precificação do cardápio do Turismo de Base Comunitária. Os valores de custo e de venda foram calculados com base nos recursos gastos na aquisição dos alimentos, sendo que todas as matérias primas disponíveis na comunidade foram adquiridas dos produtores locais, como a banana verde, o mamão verde e a fruta pão.
O Projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” é promovido pelo Instituto Ilhabela Sustentável, por meio de um Edital de Inclusão Socioprodutiva da Fundação Banco do Brasil e conta com a parceria da Associação Castelhanos Vive.
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