Representantes do Instituto Ilhabela Sustentável (IIS) participaram da 2ª Mesa de Diálogo: Equilíbrio Ambiental, Adaptação e Mudanças Climáticas, organizada pelo Gerco-LN, no dia 13 de novembro.
O evento reuniu representantes das Prefeituras de São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela, além de órgãos da esfera Estadual (SEMIL, Defesa Civil, IPA – Instituto de Pesquisas Ambientais e Fundação Florestal), Federal (CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), membros do Grupo Setorial do Gerenciamento Costeiro e representantes da sociedade civil.
Durante o encontro, foram discutidos temas como previsões climáticas para o verão 2025/2026, ações conjuntas para mitigação de riscos, criação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUPDECs), desenvolvimento dos Planos Locais de Redução de Risco de Desastres, além do fortalecimento de uma rede integrada de comunicação e resposta emergencial entre os órgãos da região.
O representante da Defesa Civil do Estado de São Paulo, tenente Tiago Lourençon, destacou a necessidade de integração entre as secretarias municipais nas ações de prevenção de desastres, como Defesa Civil, Assistência Social, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Habitação, entre outras. Ressaltou que iniciativas dessa natureza exigem a participação conjunta de todas as secretarias e solicitou que a sociedade civil cobre das gestões municipais maior envolvimento na gestão de riscos. O tenente também informou sobre a parceria do Estado com o aplicativo Waze, que sinaliza áreas de alagamento, sobre o sistema de alertas da Defesa Civil via celulares e sobre outras ações da Divisão de Monitoramento e Alerta, incluindo o aumento de efetivo e a aquisição de novos radares meteorológicos.
Giovanni Dolif, pesquisador e coordenador do CEMADEN, informou que os modelos atuais de monitoramento indicam um cenário de normalidade no volume de chuvas para o período de verão. Alertou, contudo, que mesmo dentro de padrões considerados típicos para a estação, é fundamental manter atenção contínua, uma vez que a combinação de chuvas regulares, solos já encharcados e a dinâmica geomorfológica do Litoral Norte pode gerar condições favoráveis a movimentos de massa e alagamentos pontuais. O pesquisador reforçou que a adoção de medidas preventivas, o monitoramento constante e a integração entre os órgãos são fundamentais para reduzir riscos e proteger a população.
Ao final, técnicos do IPA realizaram uma oficina participativa com todos os presentes, com o objetivo de identificar demandas para o Plano de Redução de Risco de Desastres e o Plano de Contingência dos NUPDECs.