A sociedade de Ilhabela participou na última quarta-feira (22/9), no Galpão das Artes, do 1º Fórum Municipal de Transporte e Mobilidade Sustentável para debater e encontrar soluções de problemas do dia a dia relacionados ao sistema viário, transporte e acessibilidade. O evento foi organizado pelo Instituto Ilhabela Sustentável em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura.
O Fórum aproveitou o “Dia Mundial Sem Carro” (22 de setembro) – data em que governo e população refletem sobre a necessidade de reduzir o uso do transporte individual e privilegiar o transporte coletivo – para promover um momento democrático e participativo. As sugestões para possíveis soluções de problemas encontrados na cidade foram anotadas e devem fazer parte de um documento que dará base para criação de um Plano Municipal de Transporte e Mobilidade Sustentável.
Segundo o presidente do Instituto Ilhabela Sustentável, George Henry Grego, o fórum superou as expectativas de público e, principalmente, de participação ativa da sociedade. “A essência do fórum foi ouvir e anotar sugestões sobre vários temas e consolidá-las, de maneira que sejam contributivas para o poder público e sociedade civil”, explicou.
Na abertura do evento, Grego falou que a maioria dos problemas são estendidos a esfera mundial e citou como exemplo o excesso de carros que circulam pelo Brasil e o incentivo às pessoas consumirem cada vez mais. “Quando a crise econômica apontou no país a primeira medida tomada foi a redução do IPI do carro (imposto sobre produtos industrializados). Temos que começar a ter consciência ou teremos problemas ainda mais sérios”, garantiu.
O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PPS), foi representado pelo secretário da Cultura, Rogério Ribeiro de Sá, o professor Catolé, que aproveitou o momento para chamar a atenção para um diagnóstico mostrado por uma pesquisa do Ministério do Turismo, onde os turistas reclamam de falta de locais para estacionar na cidade e outros assuntos relacionados. “O poder público tem que fazer a sua parte, mas a sociedade também precisa participar. Esse fórum é muito importante para incentivar esta discussão e colher resultados”, enfatizou.
Já o secretário de Meio Ambiente, Harry Finger, falou sobre sua preocupação com a acessibilidade, tanto dos portadores de necessidade especiais, como das pessoas que caminham pela cidade e muitas vezes encontram dificuldade pelo fato de não ter calçada. “Cada morador precisa cuidar da sua calçada porque para termos mobilidade primeiro precisamos ter acessibilidade”, lembrou.
Antes do debate, as pessoas assistiram uma apresentação do arquiteto e urbanista Leo Cunha, membro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Ilhabela e do Instituto Ilhabela Sustentável. Os painéis de discussão foram: Calçadas de ponta a ponta; Ciclovia de ponta a ponta; Sistema de Transporte Hidroviário; Malha Viária; Transporte Coletivo; Educação no Trânsito e Comunidades Tradicionais.
Participaram do evento a presidente do Fundo de Solidariedade de Ilhabela, Lúcia Colucci; da secretária de Educação, Lídia Sarmento; do presidente da Associação Comercial, Mário Sérgio Perrechil; da presidente do Parque Estadual de Ilhabela, Carolina Bio Poletto, além de representantes de entidades de classe, associações e ONGs.