1ª edição do Festival de Cinema reacende cenário cultural do litoral paulista

Um inédito festival de cinema em um cenário paradisíaco. Assim nasce o Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela. Com duração de três dias, de 10 a 12 de setembro de 2021, nele são apresentados documentários brasileiros contemporâneos, todos elogiados e premiados, além de ciclo de debates com participação de cineastas e convidados.

A programação presencial acontece ao ar livre e com distanciamento no Esporte Clube Ilhabela, litoral Norte de São Paulo. Já o acesso online se dá através da através da plataforma digital de streaming Todesplay. O evento ficará marcado como um dos primeiros festivais presenciais após o início da pandemia e acontece no palco ideal, na cidade litorânea com sessões ao ar livre. O evento é totalmente gratuito.

Em um momento em que a experiência de ver filmes tem acontecido de forma online, solitária e em telas pequenas devido à crise sanitária, o festival apresenta a possibilidade do encontro físico para assistir a cinema em tela grande

Nesta primeira edição, são exibidos 19 títulos, reunindo nove longas e dez curtas-metragens, lançados entre 2019 e 2020. São obras que não puderam ir a cartaz em função da pandemia da covid-19. As produções foram selecionadas por um conselho curador independente e diverso, formado por respeitados profissionais da área: Francisco Cesar Filho é consultor do festival e também assina a curadoria ao lado de Márcia Vaz, Carol Misorelli e Márcio Miranda Perez. Durante o evento são realizadas seis mesas de debate sobre temas contemporâneos relacionados aos filmes em exibição, com transmissão ao vivo. (programação completa abaixo)

“É muito bem-vinda a iniciativa de se criar um novo evento voltado à produção brasileira não-ficcional. Dominante na nossa comunicação e informação, a linguagem audiovisual é, portanto, a ideal para a reflexão e expressão da realidade atual do país, atravessado por transformações intensas e urgentes questões”, afirma Cesar Filho. “Na seleção, o grupo de curadores privilegiou obras recentes de grande relevância temática e reconhecido talento cinematográfico. O resultado é uma programação focada e de grande potência”, complementa o consultor do Citronela Doc.

O evento já nasce com objetivo de se tornar, a médio prazo, como referência em cinema documental e, ao mesmo tempo, se firmar na agenda cultural anual da cidade de Ilhabela. Com transmissão via TodesPlay, uma plataforma global de filmes, séries e produções via streaming, o festival vai muito além das fronteiras da Ilha, com as portas e possibilidades abertas para se conectar com amantes do audiovisual das mais diversos regiões do país.

O Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela conta com o apoio da Prefeitura de Ilhabela que, durante o evento, promove o lançamento da Ilhabela Film Commission. Trata-se de um órgão governamental que incentiva, facilita e apoia a produção audiovisual – cinematográfica, televisiva ou publicitária – em locais públicos. Como resultado, estimula as filmagens no município, levando para telas do país e do exterior seus cenários, costumes e cultura.

O festival foi idealizado pela Salga Filmes, produtora brasileira que surgiu em 2017 e coordenada por um grupo de profissionais do audiovisual que mora em Ilhabela. A atuação da empresa é voltada para o desenvolvimento e preservação da cultura local. Parte de sua equipe organiza desde 2018 o Cineclube Citronela, com exibições mensais de documentários brasileiros e realização de debates com a presença da diretora ou do diretor, entre outros convidados. O Cineclube Citronela, assim como o Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela, tem como fundamento se manter gratuito e acessível a todos os públicos.

SERVIÇO

Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela

data: 10 a 12 de setembro de 2021

formato: híbrido, com programação presencial e online

local: Esporte Clube Ilhabela

redes sociais: Instagram @citroneladoc

SOBRE OS CURADORES

Francisco Cesar Filho – Consultor do festival e curador | Cineasta, curador, diretor de televisão e dirigente de entidades audiovisuais brasileiras. Estudou Cinema e Filosofia na Universidade de São Paulo e recebeu, em 1993, Bolsa Intercultural para Cinema e Vídeo das fundações norte-americanas Rockefeller e MacArthur. É diretor e curador do dh fest – Festival de Cultura e Direitos Humanos e curador da Mostra Ecofalante de Cinema. Foi diretor e curador do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, curador da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul e das programações Cine Direitos Humanos e Cinema e Reflexão. Foi diretor-adjunto do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários e diretor associado do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Assina a direção dos longas-metragens “Augustas” e “Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now!”, além de documentários como “Rota ABC”, eleito melhor curta-metragem no Festival de Brasília. Foi homenageado pelo Festival de Cingapura em 1993, com a exibição integral de sua filmografia, e, em 2011, pelo festival Goiânia Mostra Curtas. O Festival de Roterdã programou em 1993 três de seus filmes na seção New Authors From Brazil.

Carol Misorelli – Curadora | É cofundadora do Instituto Taturana, distribuidora de cinema com foco em impacto social. Formada em administração de empresas e relações internacionais, mestre em antropologia visual e pós graduada em história da África. Na Taturana, foi responsável pelo desenvolvimento de estratégias de distribuição de impacto de filmes como: Sem Pena (2015), ParaTodos (2016), Corpo Delito (2017), Chega de Fiu Fiu (2018), Espero tua (re)volta (2019), Sementes: Mulheres Pretas no Poder (2020).

Márcio Miranda Perez – Curador | Coordenador de programação do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade e coordenador da programação latino-americana do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Como realizador de curtas-metragens e editor, teve seus trabalhos exibidos e premiados no Brasil e no exterior. Atuou por vários anos como coordenador de edição das Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual. Foi jurado de comitês de seleção e premiação no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia

Márcia Vaz – Curadora | Formada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e Televisão pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), é curadora de filmes e produtora cultural. É membra do Programmers of Colour Collective. Entre comunicação, produção e curadoria vem desenvolvendo inúmeros projetos em instituições como Cinemateca Brasileira, Museu da Imagem e do Som (MIS), Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, Pivô Arte e Pesquisa, Instituto Moreira Salles, entre outros. Como curadora de filmes faz parte dos comitês do Festival Internacional de Mulheres no Cinema, Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, Mix Brasil – Festival de Cultura e Diversidade e Mostra EcoFalante de Cinema Ambiental.

SOBRE A TODESPLAY

A TodesPlay é uma plataforma global de filmes, séries e produções audiovisuais via streaming que tem como objetivo contribuir e consolidar um mercado mais diverso e representativo. Um espaço revolucionário e importante de conservação, memória e preservação da narrativa identitária. Onde passado, presente e futuro se conectam. É gerida pela Apan (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro).

SOBRE A SAGA FILMES

A Salga Filmes é a produtora brasileira que está à frente do Citronela Doc. Com origem em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, a produtora surgiu em 2017 a partir da sociedade entre Matias Borgström e Ricardo Imakawa, com a proposta de produzir filmes documentários que abordam desde questões culturais e sociais, viagens, natureza e arte.

Engajada com o registro da história e das tradições caiçaras, a Saga já produziu diversos curtas e médias-metragens que retratam personagens e manifestações culturais de Ilhabela. Desde 2018, os sócios da Salga Filmes integram a equipe organizadora e curatorial do Cineclube Citronela, que promove exibições mensais de documentários nacionais, com a presença do diretor(a) e/ou convidados nos debates realizados após a projeção dos filmes.

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