Durante cinco dias, a equipe se dedicou ao resgate dos hábitos alimentares tradicionais dos caiçaras da Praia de Castelhanos.
Em janeiro, a equipe do Projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” esteve na comunidade do Canto da Lagoa, na Praia de Castelhanos, para realizar o levantamento e promover o resgate de receitas antigas, pratos tradicionais, ingredientes típicos e produtos extraídos da floresta pelos caiçaras da região.
A metodologia utilizada no primeiro momento foi a abordagem porta a porta. Foram entrevistados moradores (mulheres e homens) antigos. As conversas informais foram desenvolvidas a partir de relatos dos outros moradores entrevistados. Ao longo das conversas, eram citadas receitas já registradas, ingredientes, formas de preparo e consumo, e situações em que eram consumidos.
“Esse método estimulou a lembrança de diversas receitas, ingredientes e também de momentos familiares com parentes falecidos. Com isso, verificou-se que grande parte dos ingredientes mencionados deixou de ser utilizada no dia a dia e que os jovens desconhecem muitas receitas, inclusive as mais comuns na infância dos pais e parentes próximos”, explica Daniella Marcondes, uma das coordenadoras do projeto.
Os dados coletados serão sistematizados a fim de organizar as informações para as próximas oficinas, que preveem a elaboração de cardápios e respectivas fichas técnicas das receitas, além da identificação e seleção dos pratos que irão compor o Livro de Receitas Caiçaras, um dos produtos do projeto.
Entre os pratos relatados pelos comunitários estão receitas como o virado de banana, bolo de mandioca, refogado de mamão verde, angu de farinha de mandioca, azul marinho, paçoca de banana e outros.
Durante as conversas, novamente a comunidade relatou conhecer a importância de uma alimentação saudável e natural, a relevância da diversidade agrícola e da segurança alimentar.
O Projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” é promovido pelo Instituto Ilhabela Sustentável, por meio de um Edital de Inclusão Socioprodutiva da Fundação Banco do Brasil e conta com a parceria da Associação Castelhanos Vive.
Para saber mais, visite a página: www.facebook.com/comeremorar