Com o apoio da Fundação Banco do Brasil, iniciativa vai resgatar o uso de técnicas de bioconstrução e de manejo agroflorestal, atuando em comunidades caiçaras que permanecem em seus territórios tradicionais em meio à Mata Atlântica.
O projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” foi apresentado pelo Instituto Ilhabela Sustentável, por meio de um Edital de Inclusão Socioprodutiva, realizado em 2017 pela Fundação Banco do Brasil. Depois de um longo processo de seleção e aprovação, a proposta foi deferida em julho de 2018 e o convênio foi assinado no último dia 6 de agosto.
O objetivo do projeto é resgatar o uso das técnicas de bioconstrução e de manejo agroflorestal nas comunidades tradicionais da Praia de Castelhanos e da Ilha dos Búzios por meio do diálogo, da construção coletiva e da abordagem de aspectos práticos e legais visando o fortalecimento comunitário para a permanência dos povos no território tradicional da Mata Atlântica.
Durante oito meses, uma equipe formada por profissionais de Engenharia Florestal, Arquitetura de Terra e Consultoria de Turismo especializada em Áreas Protegidas e Comunidades Tradicionais, levará às comunidades contempladas diversas oficinas de capacitação em Manejo Agroflorestal, Culinária Tradicional Caiçara e técnicas de Bioconstrução e Cultura Construtiva.
Sob a supervisão da equipe técnica, todo o aprendizado será colocado em prática pela comunidade. As oficinas de Manejo Florestal darão origem à instalação de dois sistemas agroflorestais comunitários, as aulas de Culinária Tradicional Caiçara terminarão com a formatação de um cardápio de pratos típicos e um livro de receitas caiçaras, enquanto as técnicas de Bioconstrução serão empregadas na construção de duas casas de farinha comunitárias.
As primeiras reuniões nas comunidades aconteceram nos dias 2 de setembro, no Rancho Comunitário do Canto da Lagoa, em Castelhanos, e 9 de setembro, na Ilha dos Búzios, com o objetivo de apresentar as propostas do projeto, mobilizar os moradores e iniciar o processo de planejamento participativo das próximas etapas.
“Esperamos que esta iniciativa possa estreitar os laços destas populações caiçaras com seus territórios, melhorando sua qualidade de vida, valorizando sua cultura e preservando a floresta”, ressalta Paula Carolina Pereira, coordenadora do projeto.
O projeto “Comer e Morar – Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica” tem o apoio da Fundação Banco do Brasil e é realizado em parceria com a Associação Castelhanos Vive.