Turismo de mergulho no arquipélago de Alcatrazes

Visitas serão conduzidas por operadoras credenciadas e seguirão regras estabelecidas pelo Plano de Manejo da Unidade de Conservação

 Durante a cerimônia que celebrou um ano de criação do Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou a abertura oficial da Unidade de Conservação para o turismo de mergulho e visitação embarcada, com a assinatura da portaria de autorização e ordenamento da atividade.

O evento aconteceu no último dia 13 de setembro, em São Sebastião, e contou com a participação do Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, e do Ministro da Defesa, Raul Jungmann. Representando o Instituto Ilhabela Sustentável, estiveram presentes na visita inaugural  ao arquipélago, Carlos Nunes, diretor do IIS e Amanda Fernandes, conselheira e representante da entidade no RVS Alcatrazes.

As visitas serão realizadas exclusivamente por meio de operadoras credenciadas pelo ICMBio, que deverão atender a uma série de pré-requisitos e exigências, além de passar por treinamentos e processos para emissão de licença, seguindo as regras estabelecidas pelo Plano de Manejo da UC, com o objetivo de garantir a proteção e preservação do local. A visitação autônoma, por embarcações particulares, permanece proibida. O desembarque nas ilhas também.

A operação dos roteiros de mergulho e contemplação embarcada devem começar no início de 2018. Os próximos três meses serão dedicados ao cadastramento das empresas interessadas em operar as visitas, treinamento de condutores, emissão de licenças e instalação das poitas que deverão ser utilizadas pelas embarcações, pois o fundeio com âncoras é proibido pelo Plano de Manejo. Todas as visitas deverão ser agendadas, com limite máximo de 10 operadoras por dia, e todas as atividades, dentro e fora d’água, serão monitoradas por um condutor treinado e credenciado.

 

Refúgio de Vida Silvestre – O Refúgio abrange todo o arquipélago dos Alcatrazes sendo composto por suas ilhas e expressivo entorno marinho, totalizando uma área de 67.409 hectares, sendo a maior Unidade de Conservação Marinha de Proteção Integral das regiões Sul e Sudeste do país, e a segunda maior do Brasil.

Integram as áreas do Refúgio de Alcatrazes o espaço aéreo (5.000 pés), fundo marinho e o subsolo correspondentes às suas áreas previstas em Decreto. Sua criação tem o objetivo de proteger os ambientes naturais únicos criados pela associação de características geológicas, geomorfológicas e correntes marinhas, proteger a diversidade biológica, incluídas as espécies insulares, endêmicas, ameaçadas de extinção ou migratórias que utilizam a área para alimentação, reprodução e abrigo e proteger os bens e serviços ambientais prestados pelos ecossistemas marinhos, a fim de conciliar, de forma peculiar, os interesses de conservação da natureza com os de soberania.

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