Ambientalistas dão sugestões de alternativas às sacolas plásticas

Sacos recicláveis ou feitos com dobradura de jornal podem substituir as sacolinhas

Acordo entre o governo de SP e supermercados prevê o fim do uso de recipientes plásticos até o final deste ano

EDUARDO GERAQUE e PATRÍCIA GOMES, DE SÃO PAULO

Se o acordo entre os supermercados e o governo paulista para o fim do uso das sacolinhas plásticas até o final do ano vingar, os “puxa-sacos” das casas ficarão vazios. Sem as sacolinhas, como recolher o lixo doméstico?

 

De acordo com o Instituto Akatu, que defende o consumo ambientalmente consciente, uma opção é comprar sacos plásticos recicláveis de lixo. Aqueles de cor preta, à venda em todo o comércio.

Quanto maior o tamanho, melhor, já que o que importa é reduzir a quantidade de plástico nas casas, diz Estanislau Maria, do Akatu.

“De início, não existe consumo 100% sustentável, mas é possível adotar práticas que diminuam o impacto ao ambiente”, diz Maria.

Como o plástico demora séculos para parar de poluir o ambiente, jogar plástico dentro de plástico, prática comum, é uma espécie de crime ambiental, segundo os especialistas.

Nesse caso, a solução é usar sacos feitos com dobradura de jornal, diz Maria. “No caso de lixo orgânico, basta colocar dois ou três sacos de papel para fazer com que o lixo não vaze”, explica.

Há três meses, a dona de casa Rita Mismetti, 59, se tornou adepta das sacolas de jornal. Aprendeu a fazê-las pela internet e, hoje, aboliu o uso das sacolinhas plásticas de mercado na sua casa.

Gostou tanto da novidade que diversificou seus origamis. Faz um modelo grande, que coloca na cozinha e no banheiro, e um menor, para retirar as fezes do gato.

Quando os saquinhos estão cheios, ela os retira e joga num lixo maior, com saco plástico reciclável, claro.

Para ir ao mercado, Rita usa ecobags. São ao todo dez, que usa, reutiliza, remenda e lava, quando necessário. “É prático e eu fico com a consciência tranquila”, diz.

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