Os números da Covid em Ilhabela

Adiante, mostraremos os indicadores relativos à Covid-19, enfatizando o “Efeito Temporada” até o mês de Janeiro/2021 . 

Sobre a testagem, temos até o momento 20.198 testados (números consolidados até 03/02/2021), o que dá aproximadamente 505/1000 habitantes, ou seja, metade da população. As estimativas de testagem no Estado de SP são menores que 200/1000 hab.

Para visualizar o gráfico interativo, com informações completas, acesse:

https://public.tableau.com/profile/ilhabela#!/vizhome/Covid-19_Ilhabela_Jan2020/PainelCovid-19ILHABELA 

Quanto ao número de casos ativos (número de casos positivos menos o número de recuperados), tivemos um pico de 360 casos no início de agosto, depois uma queda brusca, chegando a ter apenas 28 casos em 20 de Outubro. Aí vieram eleições, verão, férias, e esse número voltou a crescer, chegando a um pico de 368 casos em 20 de Janeiro. Agora, os números indicam uma tendência de queda, fechando o mês de Janeiro com pouco menos que 300 casos ativos, o que não ocorria desde o início do mês.

A taxa de letalidade (óbitos / população) tem sua maior alta, chegando a 60/100.000 habitantes, mas ainda bem menor que os índices do Estado de SP, que é de 121/100.000 hab. e Brasil, que é de 107/100.000.  

Sobre o percentual de uso dos leitos, importante indicador utilizado inclusive para classificar a fase da região, fechamos o mês com ocupação total das UTI. Inclusive, o gráfico que mostra este dado aponta uma utilização de 180%, que significa que utilizamos 100% dos leitos de UTI destinados à Covid-19 (5 no total) e ainda mais 4 leitos de outros hospitais, para onde nossos pacientes são removidos, ou seja, indica um sinal vermelho bastante preocupante.

A  incidência (taxa de infecção) em Ilhabela é de 119/1.000 /hab., muito superior aos 44/1.000 no Brasil. Porém, existe na maioria dos municípios e no mundo uma subnotificação média de 75%, ou seja, para cada caso notificado, existe a probabilidade de existir três outros casos. Se equalizarmos esses números, a taxa real de incidência no Brasil saltaria para mais de 160/1.000 hab. A conclusão é que temos uma subnotificação próxima de zero.

Sobre o indicador R, que é a taxa de reprodução (ou taxa de contágio), tivemos durante os últimos meses uma média acima de 1, que indica uma tendência de crescimento (apontando que cada 1 indivíduo positivo está contaminando mais que 1 novo indivíduo).

Na última semana, a média mostra uma tendência de queda com média menor que 1 (em torno de 0,90). Quando R < 1, significa uma tendência de diminuição de contágio. No início da pandemia, esse número chegou a 3,5. Tivemos nossos menores índices no início de Junho e início de Setembro, variando entre 0,3 a 0,5.  

 

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