A dengue é um dos principais problemas de saúde pública não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente em mais de 100 países. No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do mosquito Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução no país, em 1976. Desde então, o mosquito transmissor da dengue mostrou altíssima capacidade de adaptação ao ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos da população.
Em 1996, o Ministério da Saúde propôs o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa, observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito no curto e médio prazo. O PEAa, mesmo não atingindo seus objetivos, teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal.
Os resultados obtidos no Brasil e o próprio panorama internacional, onde inexistem evidências da viabilidade de uma política de erradicação do vetor no curto prazo, levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações, que concluiu que estratégia de combate deve incorporar elementos como a mobilização social e a participação comunitária. Tais ações são indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado.
Combater o mosquito é um dever de todos
Desta forma, o combate ao mosquito transmissor da dengue é dever de toda a comunidade e é fundamental que cada família faça a sua parte, mantendo seus quintais limpos e livres do acúmulo de água parada.
Confira as orientações da Prefeitura de Ilhabela para eliminar os focos do mosquito da Dengue e Veja aqui as dicas do Ministério da Saúde para manter sua casa livre de criadouros
Casas de Veraneio – em Ilhabela, outra dificuldade no combate ao mosquito da Dengue está nas casas de veraneio, que permanecem fechadas por longos períodos. Se você é veranista, oriente seu caseiro, jardineiro ou a pessoa que cuida da casa para que faça vistorias periódicas e mantenha o local limpo. Casa não tenha uma pessoa destinada a cuidar da casa, peça ajuda a um vizinho ou conhecido. O importante é eliminar qualquer possível foco da doença, afinal, não adianta o bairro inteiro se empenhar no combate à doença se o seu imóvel permanecer propício à proliferação do mosquito.
Doença e prevenção
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna na maioria dos casos. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Quando infectada, a pessoa fica imunizada de forma definitiva contra o tipo de vírus que contraiu e temporariamente contra os outros três. Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A primeira geralmente apresenta como sintomas febre, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois, além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e óbito.
O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. A prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade, com a adoção de medidas simples, como evitar o acúmulo de água limpa nas casas, visando à interrupção do ciclo de transmissão e contaminação.